Onde limite é a virgula e não o ponto.
Transitório
16/09/2013 08:29O sol brilhou ontem,
Hoje não...
Estou chovendo
O dia amanheceu angustiado
Sem pássaros
Sem aromas
Só lembranças
Na neblina da serra,
Brumas em mim
Nuvens deslizam no céu
Minha memória também
Nunca formam as mesmas figuras
Talvez a tarde disperse
Meu desperdício triste
Talvez as lágrimas sequem as nuvens
E o por do sol venha em ouro
Tenho esperança que o tempo mude
Eu não, mudo, estou tempestuoso
Meu amor foi com o vento
Quando fechou o tempo
Ficou a ventania
A angústia tromba d´água que passa
Ah! Que vá rápido!
Procure outras pradarias
Pois este temporal esta arrancando as folhas
Deixando-me as árvores desamparadas
Mesmo que atemporal
Espero que este destempero seja transitório
E que volte nunca a mais...
Texto: MAurício Gervazoni
Imagem: Google Images
Curtiu? Curta: www.facebook/poesiassemfronteiras/
—————