Onde limite é a virgula e não o ponto.
Idiossincrasia
04/02/2014 07:22
Inflou tanto que subimos juntos e através
Inflamou tanto que nos pomos em Ares
Como conseguiu me alevantar tão pesado?
Em seu ar de cólera ter meu coração alado?
Orgulhoso é... meu abrasado balão...
Flutuando a estória para longe de qualquer redenção
Armando-me de túmido sorriso, algemando a canção...
Este ego que cega e me nega perdão
Vetando-me contar a Vera contar com o Verão...
Nos quadrinhos onde o balão ocupou o espaço da ilustração
Justo nas páginas em que pediria a ela sua mão...
Vaidoso globo que norteia, tu me fizeste perde-la enfim
Incendiou-me o dirigível Zeppelin
Caí ao sopé do mar em pingos... é o fim
Oh! Ego alado, agora o que será de mim?
Sem ela, sou só mente um degolado Arlequim
Se me esvaziasse de teu apogeu
A estória ilustrada seria singela contrição
Um dito ao amor... rogando a ela absolvição
E assim foi pela turgência que o amor pereceu...
Esférico egocêntrico, círculo vicioso do “Eu”
Quem sabe um dia devolverá o que é meu
Irei então procurar Vera em uma oração
E estarei com ela no próximo Verão...
Mauricio de Carvalho Gervazoni
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