Onde limite é a virgula e não o ponto.
Flora setembro em mim
17/09/2013 08:03
Setembro austral novamente
Pressenti o retorno...
Quando o futuro do presente
Foi um segundo no pretérito
Eu vi meu renascer em minuto volátil
Graças a ti
Foi com hora marcada pela natureza
(Metrônomo dos humores)
Que me comovi a poeta sonhador
Urge o verso então... Renascido...
Vou amar-te hoje mesmo, por causa tua
Por bela causa,
E neste instante, circunvagar-te a aura
Agradecer-te pelas lindas auroras
Onde a vitória é régia em teus lagos
E a brisa faz-te sedutora de aromas
Inspirando-me as borboletas multi cores
Suspirando por tua flor-de-esperança
Sem tu, não haveria-me movimento
As lagartas continuariam a rastejar
As árvores estariam nuas
As nuvens cinzariam o céu
E Zéfiro solitário,
Enviaria o frio que navalharia a pele
E sequestrar-te-ia a beleza
Meu futuro imponderável
Meu presente insuportável
Meu passado coração a pedra
Acometido estou por ti ninfa
É tua a potência transformadora
Circulante da linfa em minhas veias
Jardineira nas lacunas da miséria
Cultivando nos campos do pobre poeta,
Minha aveia floresce o mel das abelhas
Graças a tua estação Flora, sou cantor
E que todos os trovadores saibam
Que é utopia o vento aprisonar-te
Assim como é impossível encarcerar-te em versos.
Texto: Maurício Gervazoni
Imagem: botticelli-primavera
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