Onde limite é a virgula e não o ponto.


O cavaleiro sem cabeça

29/07/2013 19:59

 

Cavaleiro sem cabeça!

Manchado em vermelhidão!

 

Com as mãos cravas a espada no inimigo,

E dá ao sucumbido, rubros cravos...

Com as mãos acaricias a flor da princesa,

E dá a virgem, vermelhas rosas...

 

Cavaleiro sem cabeça!

Marcado pelo som do trovão!

Casco do corcel negro que soa ao chão

 

Entoa a tua oração de morte!

Desmembra teus oponentes,

Faça-os à tua imagem...

 

Onipotente que és tu,

Impotentes que estão as mães,

Faça-as chorar...

 

Salva o reino, o rei,

Resgata a donzela, a torre,

Mata o dragão,

Faça o que se espera...

 

Tu que desvendas o agreste

Deixando somente deserto atrás de ti...

Tu que és admirado pela coragem,

Pelos covardes que habitam o reino...

Tu que enfrentas tantas batalhas,

E vence todas...

 

Encarou a morte tantas vezes...

Sem ao menos ter vivido...

 

Por que não salvas a ti mesmo?

 

Texto: Maurício Gervazoni 

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