Onde limite é a virgula e não o ponto.
Bela canção
11/05/2013 06:11
Bela Canção
Conheço linda mulher, Bela
Que vê, sente, pensa, faz, é.
Encontrei-a no mesmo instante, em que ela encontrou a mim
Uma valsa começa Bela, e a música que toca não tem mais fim
O passo é ritmado, notas em busca do infinito assim
Esta dança compraz a alma, cura feridas sem fim
Vez em sempre, Bela e eu escalamos ao cume da montanha
Em busca de qualquer entendimento
A tempo para escutar assobiar o vento
Sem tempo que resista ao movimento
A ode, somente um momento
No trajeto, a lembrança do que esta por vir, a espera do que já passou
Abraçados pela sinfonia de Zéfiro, repletos de brisa inalada
Bela a busca do belo
Eu de encontro a mim
Sinto-me então presente
Presente, como não existido
Não houvesse fim
A tempo, percebo meu templo
Recebo de Bela o presente herdado
Belo me sinto por Bela encontrado
Passado foi Narciso mergulhado
Presente é por Bela imaginado
Narciso foi todo reflexo
Bela é toda reflexão
Narciso, afogou-se na cor dos próprios olhos
Bela, através dos seus, liberta o arco da íris
E tantas sao as flechas quanto as cores, tingindo o céus da imaginação
Atingindo em cheio e certeiro, a idéia por trás de uma oração
Bela é causa e efeito
É pura Indagação
O reflexo, eco estático e sem vida
A beleza, ideia estética é a própria
E Bela tudo faz experimentar a beleza
Beleza que encontrei em bela que encontrou minha canção
Bela adormecida, Bela acordada então.
Texto: Maurício de Carvalho Gervazoni
Imagem: dreamchoosers.com
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