Onde limite é a virgula e não o ponto.
A árvore do "amor"
18/07/2013 14:27Mulher!
O que cultivaste em mim?
Tão cativo estou de ti...
Que semente terna é esta?
Enraizada assim...
O terreno é fértil eu bem sei
Mas tão boa hortelã, nunca vi...
Revolveste a minha terra com as mãos!
Regaste meus olhos com lágrimas!
Adubaste meu coração com sangue!
Entranhaste este grão nas vísceras...
E agora, dia após dia,
Esta árvore que cresce e floresce
Me toma o bosque inteiro
Planta cativa,
Que instiga emoções em mim
Gerando frutos extremos
Paixões formadas em nectarina
Amadurecem saborosas estas,
Para seu deleite
Para que colhas o doce
O meu néctar...
Entre galhos entrelaçados
Enlaçados em busca do abraço
Procurando o calor do teu peito
O tronco firme ascende
Buscando a luz dos teus olhos
O fogo que aquece, alimenta e consome o caule...
Tronco, galhos, folhas e frutos...
Engendrando o sentimento...
A fotossíntese do amor...
Angustia é saber
Que o vegetal se agiganta em mim
Tem raiz e move-se em uma só direção...
A sua...
Texto: Maurício Gervazoni
Imagem: Elói Flore
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