Onde limite é a virgula e não o ponto.
Sem Pé Nem Cabeça
28/10/2014 16:23Sem Pé Nem Cabeça
Retira a bota apertada
Livra à embotada alma
Tira os pés das grelhas
Descalça a memória calcada
Daquele fim de semana,
a bolha flui semana sem fim.
O pé com bolhas, pé de vento
O pé sem calço, pé de cana
O pé na lama, pé de chumbo
Pés poentes cambaleiam o Sol
Pés dormentes descarrilam a rua
Pés a mil pés distanciam o piso
E os pés trôpegos se vão
Escorrendo nos bueiros os calçamentos
Sem pés, Sem chão
Nulo - gravidade zero -
Tritura os dentes no meio fio
Texto: Maurício de Carvalho Gervazoni
Mais: https://www.sem-fronteiras.net/news/desconstrução/
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