Onde limite é a virgula e não o ponto.
Reencontro
15/01/2014 21:58
Ontem a tempestade passada me destelhou a razão
Foi temporal daquele tempo quando passaste por mim
Meu cata-vento girou as têmporas após a colisão
E as janelas tremularam teu aroma alecrim
Não me viste na morada quando rompeste em trovão
Nem percebeste nas portas abertas teu festim
Ai! que o vinho circulante derramo-se todo assim
Atingindo-me as paredes em ondas a tua rebentação
Após tanta seca cegou-me um aluvião
E rios em tua direção correram em motim
De encontro ao mar, memórias sem-fim
Foi assim meu amor reencontrado, um furacão
Dilacerando-me a casa carmesim
Arrastando-me aos confins da saudade, a privação
Texto: Mauricio de Carvalho Gervazoni
Mais de mim:www.sem-fronteiras.net
Leia mais: https://www.sem-fronteiras.net/news/%22louquid%c3%a3o%22-amiga-do-peito/
—————