Onde limite é a virgula e não o ponto.
Rastros de Rimas
26/09/2014 23:16Rastros de Rimas
Antigos afrescos nos muros tatuados
São retalhos costurados em concreto
Detalhes cerzidos dos pobres nos guetos
Talhadas figuras de uma arte angustiada
Os rastros de rimas dos revéis cidadãos
Lastros de lágrimas em muros soneto
É gente colorida que a cidade vetou
Em manifesto magistral da mocidade
Estas paredes recitam amuradas
A grafite vida da vida sem teto
A gravidade de uma urbe desalmada
Não são pichadores os analfabetos
Estes só picham as dores dos excluídos
Nós é quem não enxergamos a olho nu as letras
Texto: Maurício de Carvalho Gervazoni
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